quinta-feira, 21 de novembro de 2013

100% Conversões! | Josemar Bessa

Não são os belos discursos, nem a bela retórica e muito menos o pregador fulano de tal,  mas a graça irresistível de Deus. Ganhe vinte sete minutos do seu tempo assistindo este vídeo.  


sábado, 26 de outubro de 2013

UM DEUS FORA DA CAIXA

A razão, pensamento racional e empírico, que hoje faz parte da nossa maneira de inteiração com o mundo e, por vezes com Deus, não nos permite compreender algumas formas do trabalhar e do agir do eterno. A razão traz consigo respostas lógicas e que universalmente encontram uniformidade.
Todavia quando olhamos para a Bíblia, especialmente para o apóstolo Paulo, entendemos que a razão universal nem sempre faz sentido quando se tratando de fé, do divino, do sobrenatural.  O apóstolo diz: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. (2 Cor. 12:9).
Impossível compreender as palavras do apóstolo Paulo a partir da razão, a partir do conhecimento lógico. Pois para nós, influenciados por ela, os meios sempre irão justificar os fins, basta que o meio seja correto e o fim terá o efeito desejado. Entretanto, as palavras de Paulo contrariam a lógica, “o poder se aperfeiçoa na fraqueza”.
Não parece racional tal afirmação, pois racional seria o poder se aperfeiçoar naquele que é forte e não no fraco. Como se diz no mundo da razão: “o mundo é dos fortes”. Acreditamos no forte e não no fraco. No entanto, Deus aperfeiçoa seu poder a partir da fraqueza, no anormal, uma heresia universal (ironia). 
Em síntese, não podemos questionar a soberania de Deus em relação à interação com o ser humano. Não podemos, segundo a razão e a uniformidade universal de pensamento, dizer que Deus não tem agido ou trabalhado em nosso favor. Para Deus, razão não passa de estereótipo, aparência e ele não se limita eles. Deus faz aquilo que lhe apraz e como lhe apraz.
Portanto, quando olharmos para os problemas da vida e perguntarmos: onde está Deus ou por que não tem agido em meu favor? Somente será possível encontrar resposta se nos desprendermos de todas as construções racionais e nos desapegarmos das verdades antropológicas. Como na vida de Paulo, que o poder de Deus se aperfeiçoava na sua fraqueza, algo irracional, conosco não pode ser diferente, basta compreendermos isso pela fé.

Encontre Deus naquilo de mais estranho em sua vida. Encontre Deus em sua fraqueza. Encontre Deus para além do compreensível e palpável. Encontre Deus pela fé.    

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

PORQUE NÃO PODEMOS MURMURAR

Quantas vezes, em determinadas fases da vida, nos encontramos em situações para lá de complicadas. Aí reclamamos, murmuramos, questionamos, brigamos (principalmente com Deus). Poderíamos dizer que tal comportamento não passa do desabrochar natural do ser humano, se não fosse questionar a soberania e cuidado de Deus para com os vermezinhos (nós).
O apostolo, Paulo, diz: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”. Poderíamos destacar muitas etapas deste texto em relação à dificuldade humana e suas complexidades. Mas vamos nos ater em extrair apenas a mensagem prática.
Fazer um check-up sobre a avalanche de problemas é fácil; muito mais fácil é compartilhar as desgraças provenientes dele (e como fazemos isso; Dale facebook); mais fácil ainda, é não fazer nada e viver em meio ao mar de questionamentos, amargura, vazio, depressão, solidão, baixa estima etc.
Todavia, pare e pense! Analise o tamanho do seu problema e perceba o tamanho da capacidade que você tem de guerrear contra ele; perceba o quão valente você é e, infelizmente nem sabe. Isso por que, quanto maior for seu problema, mais credibilidade e domínio a Bíblia te dá sobre ele, como lemos: “e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças”. O que você está vivendo não é suficiente para lhe derrotar, pois Deus não lhe dá nada para além de suas forças.
Se assim compreendêssemos, seríamos guerreiros de lutas ganhas, soldados destemidos e não teríamos tempo para murmurar. Pois, “juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”
Portanto, diga a si mesmo que é um vencedor e que tem força suficiente para  vencer e sobretudo, deixe de murmurar!!!

  

terça-feira, 1 de outubro de 2013

VINTE FINAIS ALTERNATIVOS DA BÍBLIA



Os finais inéditos que estarão disponíveis em Blu-ray, incluindo o final com reviravolta que foi incorporado na cópia definitiva

A primeira exibição da Bíblia para um público ​​teste de teólogos e líderes eclesiásticos não terminou em consenso. Apurou-​​se que os avaliadores gostaram da obra como conjunto, mas nutrem reservas especialmente quanto ao final.

“Eu esperava um final mais conservador”, opinou um sincero calvinista. “A reviravolta do final, de que no céu não há templo

1 pareceu-​​me pura provocação, coisa verdadeiramente pueril e irresponsável. Quer dizer então que o relativismo tomou conta dos redatores da própria Bíblia? Prefiro sinceramente que o pessoal da minha igreja não seja exposto a uma mensagem ambígua e de viés liberal como essa. Basta A Cabana. Estamos fazendo lobby para que um templo seja incluído na versão final.”
“Simplesmente inadmissível”, um pastor protestante meneava a cabeça. “Deus jamais diria ‘veja como faço novas todas as coisas’, como coloca na boca dele o roteirista
2. Total­mente fora do personagem. Liberdade poética é uma coisa, mas Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Não há quem não saiba que a divindade não muda e não aprova qualquer mudança. Deus não faz nada novo, não teria como fazer, e tem raiva de quem faz. Respeito muito o trabalho da comissão, mas vamos ter que ver isso daí.”
“Ah, eu curti muito, cho­rei muito. Quando ele diz ‘enxugarei de seus olhos toda lágrima’... gente, me arrepia até agora, tá vendo, olha só’,” disse um pastor pentecostal enquanto atualizava seu status no twitter. “Se eu fosse mudar alguma coisa seria a lista dos malditos que são excluídos do paraíso no final; deveria ser mais completa, do jeito que está deixa margem. Ficou faltando um monte: comunistas, gays, ateus, drogados, espíritas, bailarinos, católicos e gente que acredita no aquecimento global.”

A Bíblia está atualmente sendo convertida em 3D para um lançamento global. A versão definitiva, que deve chegar aos cinemas em novembro, contém duas cenas inéditas sobre as quais não se sabe muita coisa, mas o final não deve mudar.
Na exibição de teste foi revelado que, a fim de manter o sigilo sobre a trama, diversos finais alternativos foram filmados

3. Alguns desses estarão disponíveis no disco de extras quando a Bíblia for lançada em DVD e Blu-​​ray:

1 Final Nicholas Sparks: Também conhecido como “ele morre no final”. O Novo Testamento só tem um livro, o evangelho de Marcos, e esse termina no segundo verso do capítulo dezesseis.

2 Final H. P. Lovecraft: Numa via­gem ao oriente, um arqueólogo da Universidade de Miskatonic descobre um antigo exemplar da Bíblia com um livro adicional, depois do Apoca­lipse, escrito numa língua desconhecida. Todos que leem o livro enlouquecem, mesmo sendo o caso que nenhum estudioso consegue reconhecer o idioma em que está escrito. A sobrinha do arqueólogo queima o livro numa fogueira azul, no topo de uma colina, mas já é tarde: as estrelas do céu começam a despencar, uma a uma, e a terra treme com as passadas inconcebíveis de Mhnuath’pleot – a vasta e pesadíssima sombra que usa este mundo como espinha dorsal, e despertou do seu sono.

3 Final Clarice Lispector: “Sou eu, o universo, e concluindo-​​me, esqueci e finalmente despertei. Desfecho-​​me, e assim começo. Sangro, e posso desejar a terrível cura. Paro agora de te escrever, para que continuemos. Esta espera é.”

4 Final Guerra nas Estrelas: Cortes rápidos para os festejos nas capitais de todos os planetas da República. Na festa da vitória na Nova Jerusalém, Abraão diz a Davi: “você é meu filho”. Davi diz a Jesus a mesma coisa.

5 Final Guerra nas Estrelas revisto por George Lucas: Cortes rápidos para os festejos nas capitais de todos os planetas da República. Na festa da vitória na Nova Jerusalém, Abraão diz a Davi: “você é meu filho”. Davi diz a Jesus a mesma coisa. A imagem do ator que interpretou Deus em Gênesis é digitalmente substituída pela do ator que interpretou Jesus nos evangelhos.

6 Final Ray Brad­bury: “Billy che­gou até o topo da colina com Clara, e dali contemplaram muito solenes o entardecer radioso e alaranjado que beijava gentilmente a Nova Jerusalém, fazendo cintilar as gotas de chuva sobre as árvores da praça. Tinham dez anos, e era a eternidade. Passaram a tarde dançando entre as borboletas e pisoteando descalços o riacho que corria em espiral morro acima. Quando finalmente desabaram sobre a relva os dentes-​​de-​​leão reclinaram de bom grado suas espinhas para velar-​​lhes o sono. Acordaram com o apito do trem e sorri­ram. O circo estava chegando.”

7 Final feminista: “Estabelecida a paz, a Deusa disse a Deus: ‘Agora você tem permis­são para sair’.”

8 Final gay: Chove homens. Não há quem não entenda que é o paraíso.

9 Final Dan Brown: Era tudo uma conspiração, mas não aquela do começo.

10 Final Federico Fellini: Um contabilista muito magro e barbudo e uma dona de banca de revistas muito ruiva e gorda estão entediados no nova terra: sentem falta do mar, que foi abolido com outros recursos da versão anterior. Decidem gastar a eternidade criando um mar artificial e recriando, em papelão e papel machê, cada palmo quadrado da Sicília da década de 1950, de que sentem falta. Insatisfeitos, destroem a primeira versão e também a seguinte, repetidas vezes, até produzirem uma versão que consideram perfeita. Estão na praia admirando o seu trabalho quando chega Deus, de traje de banho e com uma cadeira de praia, perguntando porque demoraram tanto. Enquanto admiram a tarde, comendo espaguete com mexilhões e bebendo vinho, passa ao largo um navio enorme e iluminado. Para onde vai e de onde vem ninguém sabe dizer.

11 Final Sigmund Freud: “Acendi o charuto e sorvi com concentração e com hombridade. No divã o crucificado apenas mudou de lugar, pouco à vontade.
‘Fale-​​me sobre o seu Pai’, eu disse, e os olhos dele não perdoavam-​​me a pergunta.”

12 Final Ernest Hemingway: “No reflexo das colunas de jade vi meu próprio rosto barbado e senti falta daquele quartinho de hotel em Cuba, miserável, mas com os confortos do uísque e da privacidade. Dei de ombros. Tirei a camisa e arregacei a barra da calça. Ignorando as celebrações e os fogos de artifício, saí procurando descalço o caminho menos exultante até o bar mais próximo”.

13 Final Friedrich Nietzsche: “A última página do Apocalipse ficou colada à primeira do Gênesis, e quando dei por mim estava lendo há eras e não sabia onde terminar. Entendi que àquela altura não fazia diferença onde eu abrisse o livro: a cada página eu sabia já ter estado ali. Eu era o Super-​​Homem.”

14 Final The Walking Dead: “Depois da ressurreição somos todos tecnicamente mortos-​​vivos, não?”, o adolescente diz ao amigo enquanto jogam um game no sofá. “Falando nisso, o que se come na pós-​​ressurreição?” Apaga com um golpe e acorda com a cabeça guilhotinada pela tv de tela plana. O que ele vê em seguida é seu próprio cadáver decapitado, seu companheiro de games e o jantar dele, mas demora a entender onde começa uma coisa e termina a outra.

15 Final com gancho para uma continuação: Cena depois dos créditos: o diabo está acorrentado no fundo do lago de fogo, mas um guindaste iça sua cela da lava ardente e pousa-​​a sobre a praia de basalto negro. Uma figura de botas reluzentes de cano alto, de quem não vemos o rosto, atira um molho de chaves para dentro da cela. Enquanto liberta-​​se das cadeias vemos o diabo sorrir por entre as grades: “Eu nunca duvidei de que você viria”.

16 Final Franz Kafka: “O questor colocou a letra no escaninho da estante da última sala do último corredor e deu a obra por concluída. A versão cósmico-​​tipográfica da Bíblia, em que cada letra é um mundo com seu lugar próprio numa estante da Biblioteca Universal, estava completa. Então chegou o pombo-​​correio com o memorando, a errata com três ou quatro palavras que deveriam ser substituídas por outras, praticamente equivalentes, no texto inteiro. ‘De novo’, disse o velho questor sem mover os lábios. Teria de gastar eras refazendo seu caminho e reajustando cada uma das letras nos seus escaninhos, de modo a manter o texto justificado e ajustar a paginação. Ele deixou esfriando o prato de sopa que sentara para comer, vestiu o casaco e começou a caminhar até o Gênesis. Antes disso, porém, curvou-​​se para escrever e mandou um novo pombo-​​correio. ‘Até breve’, ele disse.”

17 Final da primeira versão do roteiro: Adão contempla aterrorizado a devastação do Apocalipse. Ele acorda em seguida, febril, com Eva que o chama para um luau nas praias impolu­tas do paraíso. Tinha sido tudo um sonho.

18 Final pós-​​moderno: Encerrados os créditos, a tela sobe e dá lugar a um enorme espelho. A plateia fica olhando para seu próprio reflexo.

19 Final com reviravolta: Esta sequência não só foi filmada, mas incluída na cópia final da Bíblia em Mateus 25:31–46. A reviravolta está em que, no fim dos tempos, os religiosos e convertidos, que estavam certos da própria salvação, são condenados ao castigo eterno. Embora se considerassem especialmente credenciados, recusaram-​​se a agir como Jesus prestando socorro aos despossuídos e necessitados. Os não-​​religiosos que estenderam ao próximo humanidade e misericórdia recebem de surpresa a vida eterna que nunca pleitearam. A cada um é concedido precisamente aquilo que não esperava: os religiosos vão para o castigo eterno, os justos sem religião adentram gostosamente o paraíso. “Sempre que prestaram assistência e demonstraram humanidade a um desses meus irmãos – com fome, com sede, estrangeiros ilegais, nus, doentes ou na prisão – era, sem saber, a mim que o estavam fazendo. Entrem, benditos do meu Pai.”

20 Final comédia romântica: Eva está debaixo da árvore da vida (que é precisamente como a árvore de Natal do Central Park), esperando o táxi que irá leva-​​la ao aeroporto. Adão chega de bicicleta com cestinha, despenteado e esbaforido, precisamente quando o táxi encosta e o motorista coloca a mala de Eva no porta-​​malas.
– As civilizações vieram e foram embora, mas eu nunca, nunca deixei de pensar em você – confessa Adão, ao mesmo tempo em que despe cada peça de roupa. – Talvez seja tarde demais, mas eu preciso te dizer. Você é parte de mim, Eva. Valeu tudo à pena, por causa da nossa história.
– Adão! Achei que eu não significava mais nada pra você.
– Eu fui um idiota, Eva, mas fui o primeiro. Você é o amor da minha vida. Todas as histórias do mundo sonham em ser a nossa, você não vê? Romeu e Julieta estão em algum lugar prendendo a respiração enquanto aguardam a nossa resolução. O primeiro amor é meu e seu, e vou reivindicá-​​lo até o final. Que se creiam todos felizes, mas você e eu sabemos: eles nunca foram nós. Nunca tiveram o que nós temos. Você pode até decidir ir embora, mas o paraíso não merece esse nome sem você. Eu te amo.
E Adão está agora inteira­mente nu.
Ela sorri e cobre-​​o com o casaco. Eva tira do bolso sua Bíblia, e mostra que no livro de Gênesis ela ainda guarda uma flor que Adão lhe deu no paraíso.
– Ainda consigo sentir o perfume.
Por um instante os dois hesitam ali em pé, a um palmo de distância um do outro.
Então beijam-​​se deliberadamente, e a música sobe. O motorista de táxi, que é um anjo, sorri; ele bate a tampa do porta-​​malas e empurra o carro, com mala e tudo, para dentro do lago de fogo. Adão e Eva ainda estão se beijando quando ele se afasta assobiando pela calçada.
E Deus, que está assistindo, enxuga sua própria lágrima.

A última.

                                                                                                               Marcos Camilo de Sant'Ana

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Para quem iremos?

Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; (Joh 6:68 ARA)

Todos os seres humanos, independente de qualquer coisa, passam por complexidades naturais, exclusivamente pelo fato de existir. Existir é estar inserido num mundo problemático e caótico desde sempre (desde a queda do ser humano). Somos moldados e regados por conceitos que ditam as maneiras de sobrevivência e existência.
Portanto é evidente que muitas vezes teremos que lidar com o inesperado, o impensado e com o indesejado. Surgem os desafios e brotam as incertezas. Estas são semelhantes a tentar enxergar em meio às trevas; semelhante a desmamar o bebezinho do conforto e segurança do seio da mãe; semelhante a um barco em alto mar, sem saber para onde navegar. Era assim, que em breve, estariam os discípulos de Jesus, segundo o texto apresentado. E tal contexto, traz consigo a seguinte indagação: como continuar a utopia sem o mestre? Sem seus conselhos, sem seu poder, sem sua presença. Seria rumar ao fracasso, ao desespero e a solidão.
De fato, por vezes nos deparamos com esta situação. A certeza nos é tirada e a segurança é fragilizada. Então, para quem iremos?
Desde o princípio Jesus alertava e prenunciava a sua morte aos seus discípulos. Teria que ir e deixa-los fisicamente. E, em meio à dura realidade, as palavras de Pedro reproduzem sua insegurança e incerteza, mas, ao mesmo tempo, deixa transparecer sua tênue certeza: "não temos para onde ir se não para o senhor que tem as palavras de vida eterna".
Em meio ao nada, encontra-se a esperança no tudo. O tudo que é eterno, o tudo que venceria o nada (a morte), o tudo onde tudo existe, o tudo que desceu do céu e que para lá retornaria. Disse isso, sem compreender o que havia de vir.
Para quem iremos? Quantas vezes fazemos essa pergunta. E por vezes, não há ao menos resquícios de certeza para que se crie uma resposta. É duro ver e não enxergar. É duro procurar e não encontrar, mas se me permitem o trocadilho, é por que vemos e procuramos muito mal.

Todavia, se "iremos"ou melhor formos, será uma estrada de mão única, sua direção aponta apenas um caminho, e com toda propriedade e certeza, lá veremos e encontraremos respostas, afinal: Somente ele tem as palavras de vida eterna!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Abandone seus conceitos

Sou cristão e creio na existência de um único Deus. Todavia, nos últimos dias, tenho inchado por causa das centenas e milhares de comentários de meus pseudos irmãos na fé. São conceitos e mais conceitos discutidos de maneira incansável e infinita. No entanto, me pergunto qual a contribuição destes para disseminação do poder de Deus. A contribuição para aquela mãe, que chora por ver seu filho mergulhado nas drogas. A contribuição para esposa do encarcerado, que não tem condições de suprir as necessidades básicas de seus filhos e vive numa desesperança e angústia sem fim. A contribuição para o pai, que há anos procura um trabalho para o sustento digno do seu lar. A contribuição para o jovem, que sem esperança vê na morte a saída para seus problemas. A contribuição para nossos irmãos perseguidos, que vivem num país confessional e que odeia o cristianismo.
 Não sou contra a formação de opiniões, muito menos, contra o debate em prol da religião e das crenças. No entanto, como cristão não compreendo essa necessidade de provar com argumentos e conceitos a existência de um Deus que se revela na práxis.
Com os ouvidos e coração inchado de tanto ouvir as ideologias das crenças, lembro-me do seguinte texto: O fariseu posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. (Lucas 18:11-12)          
Penso que a motivação de tudo isso, não passa de um desejo infame de desmoralizar e menosprezar as diversas crenças existentes e seus fiéis. Não passa de uma egocêntrica perspectiva da verdade e de uma elevada arrogância religiosa, ou seja, qual religião é a melhor ou qual é a verdade.   
De fato, é insuportável ver e ouvir fariseus audaciosos que ilusoriamente estão sentados no trono de Deus, e dele proferem os mais escrupulosos julgamentos em relação ao próximo e suas crenças.
Sendo cristão e querendo servir e seguir o Cristo da práxis, creio ser preciso viver o que foi dito por alguém um dia “pregue o evangelho, se necessário, use palavras”.

Seminarista Marcelo H. Romeu


quarta-feira, 24 de julho de 2013

terça-feira, 23 de julho de 2013

Soldado do exército do Senhor

No antigo testamento diversos nomes são atribuídos a Deus. Encontramos YHWH Sabaoth, traduzido por “Senhor dos exércitos”. Os autores bíblicos usavam esta nomenclatura sempre que Deus estava envolvido nas batalhas de seu povo.
Todavia entre os cristãos é muito comum o predicativo: “Sou um soldado do exército do senhor”.  Mas, será que somos literalmente soldados?
Não sei quantos tiveram a oportunidade de assistir o filme “falcão negro em perigo”. O filme retrata a história verídica de soldados americanos que são enviados a Somália para uma missão de guerra. E em meio ao fogo cruzado, dois de seus helicópteros são abatidos. A partir daí, a missão passa a ser de resgate aos tripulantes mortos que estão expostos aos rebeldes Somálios. Diante disso, a ordem enviada aos comandantes das tropas no campo de guerra foi a seguinte: “Não saia daí antes de trazer todos de volta”.

O teólogo, psicanalista, educador e escritor brasileiro, Rubem Alves, é o criador de uma frase impactante e perturbadora: “A igreja é o único exército que deixa os seus feridos para trás”.

Não é minha intenção afirmar ser ou não correta esta frase. No entanto, sendo idônea ou não, creio que você leitor está alistado no exercito de YHWH Sabaoth (Deus dos exércitos) e tem por obrigação ter a mesma preocupação de Jesus “E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu”. (João 6.39)

Portanto, não abandonemos nossos feridos; façamos da missão dada a Jesus a nossa missão, ou seja, que nenhum dos nossos irmãos se perca; sobretudo, que possamos provar que a frase de Rubem Alves não passa de um grande erro e que o exército do Senhor seja sempre unido e vencedor. Amém!



Marcelo H. Romeu

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A mediocridade da igreja no Brasil

 

Deixando marca

Através do facebook recebi um pedido de oração em favor de uma criança de três anos de idade e que a dois lutava contra uma leucemia, doença que o debilitava a cada dia.  Juntamente com o pedido estava anexado uma foto, um menino lindo, sorridente  e que  mostrava uma simpatia cativante, mesmo morando em um hospital. De fato, isso me despertou para a valorização  da vida, valorização da família, valorização das coisas mais insignificantes que faz parte da minha existência.  O menino,  em uma guerra incessante e interminável buscava aquilo que eu mais tenho, “VIDA”.  
Portanto, cortava meu coração, pois em mim regalava aquilo que ele buscava, mas ofertar a ele era algo impossível.   Muito pior foi receber a notícia de seu falecimento, isso depois de muita luta, muita dor, muita força para se manter vivo. Naquele momento foi como se algo atravessasse meu coração causando uma dor ainda não experimentada e um sentimento de impotência terrivel.
Com o tempo a dor vem sendo amenizada, já a sensação de impotência permanece pela eternidade. Contudo, a lição aplicada por meio da existência daquela pequena e franzina criança, ainda ecoa como nunca. Não a conhecia, nunca a vi pessoalmente, mas me marcou e com seu olhar me  transformou.
Na bíblia encontra-se o seguinte versículo: Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Nessas palavras de Jesus, está a afirmação de que em nós está o tempero da vida. Explicitamente, também, vemos que somos aquilo que pode dar sabor à humanidade, aquilo que deve trazer paz, alegria e amor ao que se encontra na ausência deles. Jesus ainda nos adverte a lutarmos para que este sabor permaneça intrínseco em nós e que jamais se perca, fazendo com que seus discípulos deixe marcas. 
 Madre Teresa de Calcutá certa vez disse: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”
Aquela criança não foi apenas mais uma que sofria com uma doença cruel e que infelizmente veio a falecer em decorrência dela. Não! Aquela criança frágil deixou marcas em meu coração, marcas que me impulsionaram a tentar ser alguém melhor.
Meu desafio para você leitor e irmão em cristo, é que você passe pela vida das pessoas e não seja apenas mais uma, mas que sobretudo, com suas palavras, com suas atitudes e com seu amor ao próximo, você possa marcar a vida delas. E que através dessas marcas todos possam se sentir motivados e despertados a se tornarem pessoas melhores. Deixe sua marcas.
Marcelo H. Romeu

Entre o ideal e o real

Vivemos em busca de ideais, buscamos a autorrealização do ser e optamos pelos caminhos relativos da felicidade. Entretanto, na busca destes, não sabemos lidar com os conflitos que surgem e que geram angústia e sofrimento.
Convivemos com a síndrome do imediatismo, onde o ideal, a autorrealização, a brevidade e a felicidade, devem completar-se com simultaneidade, ou seja, numa mesma ação o ser humano deseja completar-se com suas futilidades e relatividades. No entanto, há uma dicotomia neste aspecto, pois a concretização do imediatismo surge do agrupamento de vários fatores e esses não estão à disposição de todos. Portanto, as desigualdades emergem sobre o homem  demostrando sua impossibilidade de saciar-se como desejaria.
Nota-se a insatisfação do ser, pois corre persistentemente em busca dos fatores já mencionados, vive coercitivamente diante do sistema, sente-se fragilizado e oprimido pelos outros, autojulgado e culpado, por não realizar-se.  Observar o ser humano em sua busca incessante pelo fútil e  relativo é como assistir a sua corrosão existencial vendo abertas as portas da angústia e do desespero sobre si.  É como comprovar, ainda que desconhecida em seu estado essencial, as penas eternas da alma. É como acompanhar o estado de podridão e decomposição do ser.
Portanto, precisamos de disseminadores de esperança e vida; precisamos de ouvidos e corações sensíveis para com aquele que  chora; que lamenta; que se culpa;  que pede e que geme no mais profundo do seu âmago por libertação.
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João 8.32)

Seminarista Marcelo H. Romeu