quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A FONTE DE ÁGUA VIVA: CERTEZAS E EXPECTATIVAS

 

“És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?” (Jo. 4.12) 

            No evangelho de João há o conhecido diálogo de Jesus com a mulher samaritana. Este é mais um texto, dentre muitos nesse evangelho, que evocam a dimensão divina de Jesus. Contudo, é também um texto que nos apresenta certas tradições implícitas na cultura judaica.

            Especificamente, o versículo 12, enfatiza a forte tradição de Jacó. Este foi o patriarca, da qual se originaram as doze tribos de Israel. Sendo assim, esta tradição era algo usual entre judeus e samaritanos, quando se tratando de enfatizar a identidade e a espiritualidade.

            Neste diálogo, a ousada pergunta da mulher samaritana, dirigida a Jesus, permite-nos afirmar que Jacó era tido como um homem grande, até mesmo com traços messiânicos, pois foi ele quem providenciou aos seus descendentes o poço do qual retiravam água para sobrevivência.

Por outro lado, também nos permite afirmar que esta samaritana estava enclausurada pelas expectativas e esperanças do passado, isto é, sua espiritualidade e fé eram fundamentadas e alimentadas na pessoa de Jacó. Por isto a pergunta: “És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?”

            A partir desta ousada pergunta da mulher samaritana, tomamos conhecimento de algumas verdades essenciais para nossa caminhada cristã e, especialmente, para nossa caminhada nesse novo ano. São elas:

·         Jesus é superior a qualquer tradição ou religião, pois é uma realidade presente.

·         Jesus é o único que preenche o vazio existencial da humanidade, pois ele é a única fonte de água viva e quem dele beber jamais voltará a ter sede.  

·         Jesus é a água que ao bebermos será uma fonte a jorrar para a vida eterna.

Que em 2015 abandonemos as fontes extraordinárias que nos alimentam superficialmente e que a nossa fé, a nossa esperança e a nossa adoração, seja ao dono da fonte de água viva e, sobretudo, ao Senhor da criação.