segunda-feira, 26 de outubro de 2015

TEMPO DE QUALIDADE


“Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades” (Ex.20.8-10).
           
          Não precisamos empreender uma análise profunda para perceber que o ser humano do século XXI encontra-se extremante atarefado, cansado, estressado e até mesmo doente.
            O progresso que a pós-modernidade trouxe para os dias atuais, veio acompanhado de muitas tarefas, muitos compromissos, muitas preocupações etc. Desta forma, muitos não conseguem dar conta de todas as coisas que lhe são requeridas, não conseguem administrar o tempo e nem mesmo a agenda. Há um dito popular que expressa muito bem isto, ele diz: “vinte quatro horas não têm sido suficiente para fazer todas as coisas é preciso mais algumas horas”.
            Diante desta realidade comum a quase todos os indivíduos hoje, somos exortados pela Palavra do Senhor a encontrar um tempo de qualidade, mesmo em meio a esta falta de tempo. Tempo de qualidade deve ser definido como tempo de descanso, tempo de lazer, tempo com a família, tempo com os amigos, tempo de contemplação, tempo de reflexão, tempo de oração e, principalmente, tempo com o Senhor.
            O sábado, na Bíblia, simboliza este tempo de qualidade. O povo de Israel foi obrigado por Deus a guardar o sábado, pois este era o dia de se voltar ao Senhor e de descansar totalmente da labuta diária.
            Meu desejo é que você previamente defina em sua agenda o seu tempo de qualidade e que você possa renovar a sua força e sua fé a partir dele.
                                                           
                                                                            Seminarista Marcelo Henrique Romeu
  


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O PERDÃO NA PERSPECTIVA DE JESUS


Texto bíblico: Mateus 18.21-22

INTRODUÇÃO

O tema perdão é sem sombra de dúvida o principal tema do Novo Testamento. A trama central do N.T aponta para um Deus que não leva em consideração a maldade, a ignorância, a prepotência e a arrogância humana. Sendo assim, o sacrifício vicário de Jesus é para perdão dos pecados, é para justificação dos eleitos de Deus.
Portanto, falar do evangelho é também falar de perdão. É entender que, na vida cristã, esta é uma ação necessária e bíblica.
No judaísmo antigo, os rabinos (interpretes da lei) ensinavam que era necessário perdoar até 3 vezes a mesma pessoa e que, na 4 vez, o judeu estava livre para não perdoar.
No texto que lemos, Pedro faz uma pergunta a Jesus, e ele mesmo responde a pergunta com outra pergunta:

Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?(v.21)
           
Pedro conhecia os ensinamentos rabínicos, sabia que o comum era perdoar até 3 vezes, mas, no diálogo com Jesus, ele tenta superar este ensino dobrando este número.
Certamente, Pedro, ao se dirigir a Jesus desta forma, estava pensando que dobrando a quantidade de vezes iria alcançar a satisfação ou elogios de Jesus.
Contudo, a reação de Jesus é inesperada, ele supera em muito a matemática dos judeus e a matemática de Pedro. É preciso perdoar 70x7, ou seja, 490 vezes.
Outro ponto que desperta atenção, é que este versículo é encontrado somente no evangelho de Mateus. Bem como, a perícope seguinte, a parábola do credor incompassivo, que também trata de perdão, não é encontrada nos outros evangelhos.
O que isso significa?
Que certamente este era um problema recorrente na comunidade de Mateus. Certamente existiam pessoas que estavam fazendo matemática para perdoar o seu irmão ou irmã.
Sendo assim, o texto de Mateus, reproduzindo o diálogo de Pedro com Jesus, tem duas lições preciosas a nos ensinar.

DIVISÕES

1.    O PERDÃO DEVE SER FUNDAMENTADO NA GRAÇA DE DEUS

Jesus não está preocupado com números quando supera a matemática dos judeus. Ele está preocupado em ensinar a Pedro e a todos os seus discípulos que o perdão não deve ser algo burocrático, ser algo legalista.
Jesus quer que eles entendam que perdoar é levar em consideração a humanidade do outro, ou seja, levar em consideração que o outro é sempre falho, sempre imperfeito, sempre propenso ao erro, assim como eu sou.
É nesta perspectiva que Deus nos perdoou. Ele nos via como miseráveis e pecadores, mas, entendendo nossa incapacidade e nossa finitude, ele agiu com graça, ou seja, não levou em consideração o nosso mal, a nossa pecaminosidade.
A expressão 70x7 simboliza que, como filhos e filhas de Deus, somos convidados ao relacionamento, somos convidados a fazer parte do mesmo corpo, somos convidados a ser irmãos e irmãs na fé. É um convite a comunhão plena.
A expressão 70x7 simboliza agir como Deus agiu, graciosamente, perdoando quantas vezes for necessário, para que eu tenha um bom relacionamento com todos.
Portanto, a necessidade de perdoar não pode ser matemática e nem legalista, deve ser fundamentada na graça, que entende que o outro é tão pecaminoso, como eu sou; que entende que o outro é tão ruim, como eu também sou.

2.    O PERDÃO FUNDAMENTADO NA GRAÇA CRIA UMA CADEIA RECÍPROCA DE PESSOAS PERDOADAS

Sempre quando se pensa neste texto há algumas dificuldades. Isto porque o entendemos sempre na perspectiva individual e pessoal.
O pensamento é sempre fundamentado no eu: eu tenho que perdoar, eu tenho que ser maleável, eu tenho que ceder, eu tenho que ser diferente assim como Jesus.
Entretanto, as palavras de Jesus transcende a noção individual (singular) de perdão.
Com essas palavras, Jesus cria uma cadeia plural, ou seja, o ensino de Jesus é para que todos os discípulos e discípulas perdoem-se reciprocamente.
Desta forma, somos convidados a perdoar o irmão ou irmã que falhou conosco, mas nós também somos perdoados pelo irmão ou irmã que nós falhamos.
A orientação de Jesus faz com que se crie uma cadeia recíproca de pessoas perdoadas. Esta cadeia é a construção do reino de Deus, onde pessoas perdoam umas as outras e são também perdoadas.
Precisamos entender que o princípio para se perdoar alguém que falhou conosco, é saber que nós também falhamos e também carecemos de perdão.

CONCLUSÃO
70x7 é o ensino de Jesus para nossa vida cristã. Jesus nos dá a oportunidade de agirmos à sua imagem e semelhança, perdoando os que nos fere por causa da graça de Deus, aquela que um dia nos perdoou.
Quem você precisa perdoar? E quais os motivos que lhe impedem?
Diante do ensino de Jesus percebemos que nenhum motivo pode nos impedir de perdoar aqueles que estão próximos de nós, pois assim como somos feridos, nós também ferimos e assim como nós perdoamos, também somos perdoados.
Pense nisso!
 





sexta-feira, 11 de setembro de 2015

UMA MENSAGEM DE LAMENTAÇÃO

“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz” (Ec. 3.1-8).

Uma cena chamou atenção do mundo nesta semana. Uma criança de apenas 03 anos de idade foi encontrada morte numa praia da Turquia. Segundo informações, a família estava indo se refugiar no Canadá, mas, na travessia marítima, apenas o pai sobreviveu. A criança de 03 anos, o irmão de 05 anos e a mãe das crianças foram mortos após o bote naufragar em alto mar.
A imagem daquela criança na praia reflete a busca de milhares de famílias em busca de paz, de alegria, de justiça, de dignidade, de cuidado e de segurança.
A sua morte, apenas reflete o que está acontecendo nessas muitas travessias, nas muitas periferias de São Paulo, nas muitas favelas do Rio de Janeiro e nos muitos lares espalhados pelo país.
Tragédia como esta, como a morte de um morador de rua na praça da sé e como aquela ocorrida há poucos dias atrás, onde 19 pessoas foram assassinadas, nos coloca numa posição de vítima, numa posição de impotência, numa posição de lamento e reflexão.
Faz-nos pensar que há mensagem sem conclusão otimista, sem frases de efeitos que despertem a emoção, sem orientações práticas e efetivas para uma semana melhor, sem conhecimento teológico.
Faz-nos pensar que após tragédias como estas, o melhor mesmo era ficar em silêncio, sem nada dizer, apenas ouvir calado o que o Espírito tem a nos dizer.
Nas Escrituras, encontramos diversos personagens bíblicos que se calaram, que choraram e que lamentaram frente à tragédia e a desgraça. Foram situações que fizeram com que eles não tivessem motivos para festa, para dança, para cerimônias.
Davi quando soube que seu filho Absalão estava morto “profundamente comovido, subiu à sala que estava por cima da porta e chorou; e, andando, dizia: Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” (2Sa 18:33).
Os camponeses que ficaram em derredor de Judá, após a deportação de Jerusalém para a Babilônia, choravam e lamentavam por verem a cidade destruída e as pessoas morrerem de fome, assim diz o texto:
Chora e chora de noite, e as suas lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console entre todos os que a amavam; todos os seus amigos procederam perfidamente contra ela, tornaram-se seus inimigos [...] Com lágrimas se consumiram os meus olhos, turbada está a minha alma, e o meu coração se derramou de angústia por causa da calamidade da filha do meu povo; pois desfalecem os meninos e as crianças de peito pelas ruas da cidade [...] Por estas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar as minhas forças; os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo (Lm. 1.2; 2.11; 1.16).
            O sábio escritor de Eclesiastes, sabedor de que no desenrolar da vida humana há muitos momentos diversos, disse que a tempo para tudo debaixo do céu. E certamente hoje é tempo de chorar e de refletir sobre como ter um mundo mais justo e mais humano.
            Contudo, choraremos na certeza de que são bem aventurados aqueles que choram, pois serão consolados.
            Que o senhor em sua infinita misericórdia tenha piedade de nós e nos dê a tão necessária paz! Amém!
                                                                                    Sem. Marcelo H. Romeu

segunda-feira, 13 de julho de 2015

DEUS CUIDA DE NÓS


“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Rm 8.31
           
O medo faz parte das faculdades mentais de todo o ser humano. Por um lado, ele faz bem. Faz com que sejamos prudentes em determinadas situações. Por exemplo: quem tem medo do escuro será sempre precavido, terá sempre, uma lanterna, uma vela, um lampião, um abajur, que poderão ser muito úteis caso ele (o escuro) roube a claridade.
            Por outro lado, há o medo ruim. Este tem o poder de reduzir as esperanças, cessar os sonhos, ocasionar depressão. Há milhares de pessoas que estão extáticas frente ao seu medo, sofrendo prematuramente, sem que primeiro ousem vencê-los.
            O apóstolo Paulo, com estas palavras, nos desafia a vencer os medos que nos paralisam, que nos trazem amarguras e que nos causam tristezas. Deseja que enxerguemos a vida pelas lentes do amor e do cuidado de Deus. Crê que desta forma é possível restaurar a alegria, a esperança e os sonhos que o medo roubou.
            Se Deus é por nós, quem será contra nós? Nada e nem ninguém será contra nós, pois é o Deus Todo Poderoso quem cuida de cada um dos seus filhos. Sendo assim, não há o que temer, é preciso crer e, pela fé, desfrutar deste amor e cuidado. 

            Que você desfrute destas benesses de Deus no seu dia-dia. Amém! 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Deus de Israel e o Deus dos cristãos


           É muito comum nos depararmos com a seguinte afirmação: Deus era uma pessoa no A.T e é outra no N.T. Afirmação como esta faz parte da reflexão teológica de muitos leigos e de muitos teólogos-pastores espalhados pelo país a fora. Entretanto, para nós, não há como fazermos esta subdivisão, um Deus que agiu em Israel e um Deus que age em meio aos cristãos, a ação de Deus na história é indivisível, Deus é um Deus participante e atuante na história da humanidade e não há possibilidades de fragmentarmos a ação dele.
Se existe alguma possibilidade de se fazer uma divisão em dois blocos da história, ou seja, um Deus de Israel e um Deus dos cristãos, esta divisão não tem origem na pessoa ou ação divina, mas na leitura que o ser humano fez em relação à revelação deste Deus.
É evidente que não podemos deixar de levar em consideração que, no Novo Testamento, a encarnação de Jesus torna-se um novo paradigma para que se conheça e compreenda a salvação que o mesmo Deus trouxe a Israel e a todos os povos. Entretanto, a encarnação e a imagem de Jesus, em nada se distanciam da imagem do Deus de Israel, visto que é o próprio Deus quem envia seu filho e na perspectiva da teologia trinitária é o próprio Deus quem se encarnou, ou seja, Jesus existe desde o princípio e tudo o que foi feito teve inexoravelmente sua participação. Esta é, sem dúvida, outra fundamentação teológica para afirmar que não podemos fragmentar teologicamente a história; o Deus de Israel é também o Deus cristão, pois Jesus existe desde o princípio.
Deus é o criador supremo, que criou todas as coisas em amor. Numa linguagem bíblica e simbólica, colocou o ser humano num belo jardim, lugar onde ele concebeu todo o necessário para a sobrevivência da criação. É também um Deus que levou em consideração a liberdade humana, permitindo até mesmo o pecado, um ato contra sua santidade. Contudo, mesmo com o pecado e a liberdade que concedeu ao ser humano, jamais deixou de ser um Deus que em todo tempo e o tempo todo tem participado da história humana e demonstrado todo seu amor e cuidado para com ele.
Portanto não há possibilidades de fragmentar este Deus. Ele é quem criou a humanidade no princípio e quem tem sustentado esta humanidade até os dias de hoje. Ele é quem chamou e vocacionou pessoas no passado, como: Abraão, Isaque, Jacó, Moisés e é quem continua chamando e vocacionando pessoas até o dia de hoje. Ele é quem levantou profetas para denunciar as injustiças sociais, política, religiosa, ou seja, denunciar o pecado, e quem também levantou a igreja hoje para assim fazer da mesma forma.
É ele quem inspirou pessoas para ouvir e anunciar as promessas de esperança e de um novo reino no passado e é ele que continua alimentando estas mesmas promessas ainda hoje na vida dos cristãos.
Sendo assim, para nós, é impossível falar em duas diferentes perspectivas deste Deus. Como nos apresenta a linguagem bíblica: ele é o alfa e o ômega, o princípio e o fim; bem como é aquele que era, que é, e que há de ser por toda a eternidade.  Um Deus único e indivisível na relação com sua criação.


quinta-feira, 11 de junho de 2015

NÃO SOU JUIZ, MAS SERVO





“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” Mt.6.12.

O cristianismo tem por fundamento Jesus, o messias, o Cristo de Deus. Ainda segundo o cristianismo, Jesus é o filho de Deus, segunda pessoa da santíssima trindade e, sobretudo, o Deus encarnado. Estas e outras concepções é fruto de uma leitura milenar da Bíblia, livro que contém as revelações de Deus na história, bem como a revelação do filho, “expressão exata do ser de Deus”.

Há muitos caminhos para a leitura da Bíblia, pois ler e interpretar passa pela minha subjetividade, minhas experiências, meus anseios e, por isto, a Bíblia sempre foi um paradigma importante no movimento da história, da cultura de um povo, nas relações sociais, relações politicas e relações religiosas. Pelo viés da interpretação bíblica se condenou a mulher, o índio, o negro, o pobre, o rico.

Contudo, frente aos fatos e aos posicionamentos destes últimos dias, fico me perguntando se Jesus está dividido ou se as lentes para interpretação dos textos bíblicos estão desfocadas?

Se partirmos do pressuposto de que na Bíblia encontra-se o fundamento de nossos argumentos para julgarmos ou punirmos o comportamento moral e ético de quem quer que seja, talvez estejamos sendo injusto ao texto e ao Senhor implícito na mensagem dele.

A oração do Pai nosso é parte importante na liturgia dos cultos cristãos. Para mim, esta oração transcende o ato subjetivo de tão somente se dirigir a Deus uma palavra de oração; ela traz em seu conteúdo imperativos de natureza prática.

Para Jesus, no evangelho de Mateus, alguém somente será perdoado se perdoar- Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores- não pode ser perdoado por Deus àquele que não perdoa seu irmão.

Certamente, Jesus tinha muitos motivos para incitar o perdão aos seus discípulos. O contexto em que Jesus está inserido é de total exclusão, punição, desigualdade. Os pobres, os doentes, os impuros, eram condenados pelos juízes da religião. Desta forma, não tenho dúvidas de que os discípulos esperavam ouvir da boca de Jesus que, mesmo odiando, mesmo excluindo, mesmo julgando, mesmo oprimindo, eles ainda assim poderiam ser perdoados por Deus. Entretanto, Jesus é incisivo em dizer, quem não perdoa e, consequentemente, quem não cuida, quem não ama, não pode ser perdoado.

Por isto, os capítulos 5 e 6 de Mateus são tão explícitos em afirmar que os discípulos de Jesus devem ser avessos ao sistema. Textos como: “porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (5.20); “porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo”? (5.46-47) De fato, textos como estes traduzem o que estamos afirmando, ser discípulo de Jesus é quebrar paradigmas e dogmas impostos pelo poder vigente.

Portanto, condenar um transexual pelo uso de um símbolo do qual o cristianismo se apropriou é fazer do cristianismo uma religião apenas da moral e não do amor. Ser discípulo de Jesus é algo complexo não só porque devemos cumprir com a lista dos não (plural), mas por ter que seguir os dois sim- ame a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Julgar, condenar, excluir, oprimir é sempre o mais simples para seres maus como nós, difícil mesmo é viver o avesso, assim como Jesus viveu.

Com este texto não quero propor uma única chave de interpretação  para a oração do Pai Nosso, mas dizer que nesse versículo e em toda a Bíblia, só consigo enxergar um Deus que decidiu amar e cuidar de pessoas; enxergar um Deus que não leva em consideração a cor, a classe social e, inclusive o gênero; só consigo enxergar um Deus que desceu para salvar pessoas desprezíveis como eu e você; por isto, não sou juiz, mas servo deste Deus de amor e graça.

“Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra” Mt. 5.39



domingo, 10 de maio de 2015

SER MÃE



Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada. (Luc 1.48)
            
          
          Ser mãe é ser bem-aventurada e ser bem-aventurada é ser alguém feliz. Foi assim que Maria descreveu sua experiência de ser mãe de Jesus.
Não há dúvidas de que esta seja uma memorável experiência na vida de toda mulher, pois ser mãe é produzir vida a partir de si mesmo, é enriquecer e colorir o mundo, é concretizar no ventre, o grande mistério de Deus.
            É certo que toda mãe carrega dentro de si características do divino, pois, assim como Ele, consegue amar ainda sem existir, consegue perdoar mesmo sem merecer, consegue cuidar mesmo quando se está longe, sabe corrigir e exortar sem magoar.
            Portanto, mãe não é apenas aquela que gera no ventre, mas é toda aquela que carrega no coração o desejo de ser como Ele e de amar como Ele. Mãe é toda aquela que foi vocacionada pelo divino para cuidar e amar as preciosas heranças que são postas em meio ao caminho.
            Que todas as mamães, dentre todas as nações e em todas as gerações, sejam bem-aventuradas.

Um feliz dia das mães!       

quinta-feira, 23 de abril de 2015

SER FELIZ

“Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz" 

(Provérbios 29.18). 

Muito se fala sobre felicidade hoje. Para muitos, ser feliz é ter poder de consumo, é ter liberdade e condições de atender as próprias expectativas, no tempo e no espaço desejado. Talvez, por isto, tantas pessoas projetam sobre Deus seus mais infames objetos de desejo, suplicando e esperando que ele atenda e sacie seus desejos egoístas, para que assim, momentos felizes existam. 

Certamente, este tipo de comportamento egoísta está implicitamente relacionado àquilo que Provérbios 29.18 está nos ensinando. Pessoas e, principalmente cristãos, agem desta forma, pois cada dia menos se valoriza a verdadeira profecia, isto é, a exposição das Escrituras Sagrada. Sendo assim, “o povo se corrompe”. Por outro lado, aquele que guarda a lei, sinônimo da verdadeira profecia, esse sim é feliz, pois aprendeu qual é a verdadeira felicidade, a felicidade plena e eterna. 

A verdadeira felicidade não se compra e nem se vende, a verdadeira felicidade não se encontra materializada em objetos; a verdadeira felicidade vem de Deus e é de graça. Ser feliz é estar em paz com o Criador, é viver em comunhão com ele e, sobretudo, é depender do seu cuidado, da sua misericórdia e do seu sustento. 

Que você seja muito feliz. Amém.

segunda-feira, 23 de março de 2015

QUE MEUS OLHOS VEJAM

“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem”. (Jó 42.5)

Deus não é um Ser material para que se possa vê-lo fisicamente. Se assim fosse, seriamos consumidos por sua santidade e glória. Lembramo-nos de Moisés, no monte Sinai, quando teve uma leve experiência da presença de Deus e, segundo o texto bíblico, a pele do seu rosto resplandecia (Det. 34.29).

De fato, a presença de Deus é algo “sobrenatural”, isto é, está para além do físico e do material, pois Ele é Espírito (João 4.24). No entanto, surge a pergunta: como Jó pôde afirmar que seus olhos viram a Deus?

Para responder esta pergunta devemos recorrer à trajetória de Jó. Homem íntegro e justo diante de Deus, homem de muitos bens, um chefe de família e um bom pai. Contudo, em determinado período de sua caminhada, experimentou uma devastadora ruína em seu lar e em sua vida. Entretanto, após este período de angústia e dor, o Senhor Deus lhe restituiu a saúde e tudo àquilo que havia perdido.

Desta forma, os olhos de Jó não contemplaram a Deus fisicamente, mas a partir de sua fidelidade, de seu cuidado, de seu sustento e de seu amor. A experiência com Deus e a fé no Todo Poderoso, lhe permitiram ver e experimentar o “sobrenatural”, ou seja, enxergar a intervenção do Divino em sua história, mesmo nos momentos mais difíceis de sua existência. Assim, Jó deixou de conhecê-lo subjetivamente, isto é, “de ouvir falar”, para efetivamente experimenta-lo e vê-lo bem próximo, vê-lo presente.

Sendo assim, que a intervenção de Deus em sua vida abra os teus olhos para que você possa vê-lo.

      Seminarista Marcelo H. Romeu


sábado, 14 de março de 2015

JESUS A LUZ DO MUNDO

“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”. João 1.5
Ao lermos o evangelho de João, nos deparamos com esta afirmação metafórica, a qual, pela fé, cremos ser uma verdade irrefutável.
As metáforas fazem parte de nossa vida cotidiana, ou seja, a partir de figuras e objetos tentamos traduzir os sentimentos, os pensamentos e as mais variadas experiências abstratas.
O evangelho, segundo São João, tentando traduzir a manifestação de Jesus entre os homens (encarnação) atribuiu a ele uma metáfora: Jesus é a luz, a luz dos homens (Jo. 1.9). Esta luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.
Uma possível interpretação desta afirmação de São João é a seguinte: Jesus é superior a toda forma de mal e venceu as forças das trevas. Desta forma, por intermédio de sua morte e ressurreição, os pecadores, outrora filhos das trevas, são redimidos e iluminados por ele, podendo viver e desfrutar da verdadeira luz, a luz que resplandecerá por toda a eternidade.
Portanto, ao Senhor Jesus, verdadeira luz dos homens, toda honra, glória e louvor, pelos séculos dos séculos. Amém.





sábado, 14 de fevereiro de 2015

"Deus de Israel, Deus de todos os povos". Uma reflexão a partir do Pentateuco

            Para trabalharmos este tema iremos dividi-lo em três etapas. Na primeira, afirmaremos o porquê Yahweh é Deus de Israel. Na segunda, o porquê é Deus de todos os povos. Na terceira, a intensão do Pentateuco.
Todas as tradições do Pentateuco tem a pretensão de afirmar que Yahweh é Deus de Israel e que Israel é o seu povo eleito. Tem a intensão de demonstrar que Israel está sob as leis de Yhaweh e que a única forma de sobrevivência deste povo é viver em conformidade a estas leis. Sendo assim, Israel é povo eleito de Deus e vive para e por este Deus.
                Contudo, é preciso apontar quais as tradições que evidenciam este domínio de Yahweh sobre Israel e por que Israel o tem como seu Deus. A primeira tradição a ser destacada e que demonstra a posse de Yahweh sobre Israel é o chamado da geração de Terá. Terá é pai de Abraão, e Abraão é aquele que recebeu a promessa de Yahweh: “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gen 12.1-3). Abraão é o patriarca de Israel e a partir dele se constituiu uma grande nação. Nele está a eleição de Israel e é na sua ascendência que Israel tem origem.
Abraão é pai de Isaque, o filho da promessa, e Isaque é pai de Jacó, a quem Deus chamou de Israel, e de quem emana todas as tribos. Portanto, Yahweh é Deus de Israel, pois foi ele mesmo quem escolheu este povo e é ele quem interveio na história dele.
            Entretanto, há outras tradições que evidenciam a posse de Yahweh sobre Israel, como: a saída do Egito e o Sinai. Com o governo de José, filho de Jacó, no Egito, todos seus irmãos passaram a habitar naquela região. Todavia, com sua morte, passaram a viver sob o regime de corveia naquela região. Sendo assim, novamente Yahweh intervém na sua história, convocando Moisés para libertar Israel do Egito.
Libertos das mãos de faraó, que teve seu exército morto na travessia do mar vermelho, Israel segue em direção ao deserto do Sinai e, naquele monte, Moisés recebe as leis de Yahweh. Estas leis deveriam ser observadas por Israel, pois como o próprio prólogo do decálogo afirma: “Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”. (Ex 20.2) Nas palavras dos redatores, é o próprio Deus quem afirmou ser o Deus de Israel, e por isto, suas leis devem ser observadas para a preservação da vida. 
Portanto, não há dúvida que Yahweh é Deus de Israel, pois ele mesmo elegeu e interferiu em sua história. História que dá identidade e origem a este povo e, sobretudo, que foi preservada em forma de tradição oral e muito depois em tradição escrita, as quais se encontram no Pentateuco.    
            O Pentateuco é um conjunto de textos escrito em vários períodos. Acredita-se que sua compilação final tenha acontecido no exílio da Babilônia, período em que houve muita produção de textos e muitos destes textos estão inserido em sua compilação final. Sendo assim, podemos afirmar que a concepção de Israel sobre Yahweh sofreu várias mudanças com o passar do tempo. Uma das principais mudanças é a concepção de Yahweh como o único Deus. Para o Israel tardio, Yahweh é Deus de todos os povos, pois está acima de todos os deuses dos outros povos, pois não há outro Deus como ele. Aqui tem inicio a concepção do monoteísmo judeu.
            Texto como Gn 1, evidência a soberania de Deus sobre os outros deuses. Há consenso entre os biblistas que este texto tem sua origem no exílio e que sua intensão é demonstrar a soberania de Yahweh sobre os deuses babilônios. Yahweh criou o sol, a lua e as estrelas, objetos que eram adorados como divindade pelos babilônios. Portanto, se Yahweh é quem os criou, logo exerce soberania sobre eles.
            Outro texto que demonstra a soberania de Yahweh sobre outros deuses são os textos em que aparece a figura de faraó do Egito, no livro do Êxodo. O Egito tinha os seus deuses e faraó era tido como personificação destas divindades. Entretanto, Yahweh endureceu o coração de faraó (Ex. 4.21) demonstrando que sua soberania não está limitada a uma nação, mas que é Deus de todos os povos, pois exerce poder até mesmo sobre faraó. Ainda com relação ao Egito, o texto da morte dos primogênitos, a décima praga enviada por Yahweh, demonstra sua soberania sobre todos os deuses egípcios e sobre todos os povos.
            Portanto, na concepção tardia, concepção que está implícita nos textos do Pentateuco, Yahweh é o Deus de todos os povos. Há outros textos que podem evidenciar tal senhorio sobre os outros povos, como a promessa da terra de Canaã a Abraão e sua descendência. Lá habitava os cananeus e estes cultuavam seus deuses, mas, Yahweh, dono de toda terra, daria aquele território a Israel, pois dele é o universo. O dilúvio, demostrando que ele faz o que bem entende com os habitantes da terra, inundando o universo. De fato, sabemos que textos como o do diluvio foram incorporados por Israel, justamente para demonstrar que era Yahweh o Deus que enviou e executou tais coisas.
            Assim sendo, Yahweh é Deus de Israel e de todos os outros povos. A nação de Israel é eleita por Yahweh para provar as outras nações a sua soberania e domínio sobre toda a terra e sobre toda a humanidade.
O Pentateuco tem esta intensão, afirmar a soberania e poder de Yahweh, tanto sobre Israel como sobre todos os outros povos existentes na face da terra. Tem a intensão de proporcionar esperança e fé em todos aqueles que lerão estes textos posteriormente.      

               

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

REFLEXÃO: LIÇÕES EM TEMPO DE CRISE



Texto base: Lamentações 1.10-11

10 Estendeu o adversário a sua mão a todas as coisas mais preciosas dela; pois viu entrar no seu santuário as nações acerca das quais mandaste que não entrassem na tua congregação.
11 Todo o seu povo anda suspirando, buscando o pão; deram as suas coisas mais preciosas a troco de mantimento para refrescarem a alma; vê, SENHOR, e contempla, pois me tornei desprezível.

INTRODUÇÃO
            Dias difíceis os que temos vivido. Não se fala em outra coisa, se não na crise de água que estamos enfrentando.  
            Diante desta situação, tomamos consciência do quão importante é cada gota de água que chega às nossas casas; tomamos consciência do quão importante e necessário é a preservação deste recurso natural, que não nos pertence, pois pertence ao Senhor, como o salmista diz:
Ao SENHOR pertence à terra e tudo o que nela se contém. (Salmo 24:1)
            O texto, lamentações 1.10-11, fala daquilo que era precioso para a região de Judá: Jerusalém e o seu templo.
            Ambos haviam sidos tomados, saqueados, destruídos, por isto a lamentação.
Lamentavam, pois perderam o controle da situação; lamentavam, pois aquilo que era necessário para o desenvolvimento saudável daquele povo, já não lhes pertencia mais.
            Um período de crise para a comunidade de Judá. Portanto, com a crise deles, aprendemos preciosas lições para a nossa hoje.
DIVISÕES
1.    Todo crise tem um fator desencadeante
No texto o fator desencadeante são os inimigos, o texto diz:

10 Estendeu o adversário a sua mão a todas as coisas mais preciosas dela; pois viu entrar no seu santuário as nações acerca das quais mandaste que não entrassem na tua congregação.

             A Babilônia destruiu aquilo que Judá tinha de mais precioso, aquilo que trazia sentido para existência daquele povo.
            Entretanto, qual é o fator desencadeante da nossa crise hoje?
Somos nós mesmos, os seres humanos.
Tornamo-nos inimigos de nós mesmos, pois se existe crise de água hoje, é porque não administramos de maneira correta a criação de Deus.
Temos sido maus administradores dos recursos que Deus nos deu, e isto é pecado.  
Destruir a criação de Deus em função de nós mesmos é a prova de que somos egoístas e indiferentes a sua criação.
Portanto, cuidar da criação é parte necessária para o cultivo da fé e da espiritualidade cristã, pois Deus é o criador.

2- Toda crise é pedagógica e requer a intervenção divina

Judá aprendeu em meio à crise que as coisas mais preciosas que eles possuíam não eram tão preciosas assim, o texto diz:

11 Todo o seu povo anda suspirando, buscando o pão; deram as suas coisas mais preciosas a troco de mantimento para refrescarem a alma;

Judá trocava suas coisas preciosas em troco de mantimento, faziam isto para sobreviver. Isso mostra que, o precioso, para eles, não tinha poder para mudar a realidade que viviam.
Com isto, nós hoje, aprendemos que neste momento de crise que estamos vivendo, nenhum dos recursos que temos pode nos tirar desta crise.

Somente a consciência de que estamos em pecado, o pedido de perdão e de misericórdia divina, podem nos livrar desta crise, assim como nos diz o texto:

11b- vê SENHOR, e contempla, pois me tornei desprezível.

O texto está afirmando que não há nada que se possa fazer, se não nos convencermos do erro e esperar pelo socorro divino. 

CONCLUSÃO
Somente convertendo nossas práticas e suplicando a intervenção de Deus poderemos encontrar saída em meio à crise.
Fazendo assim, tenho certeza que Deus é fiel para cumprir com sua palavra, pois ele diz:
14 se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (2Ch 7:14)
Amém.
 

  




            

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A FONTE DE ÁGUA VIVA: CERTEZAS E EXPECTATIVAS

 

“És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?” (Jo. 4.12) 

            No evangelho de João há o conhecido diálogo de Jesus com a mulher samaritana. Este é mais um texto, dentre muitos nesse evangelho, que evocam a dimensão divina de Jesus. Contudo, é também um texto que nos apresenta certas tradições implícitas na cultura judaica.

            Especificamente, o versículo 12, enfatiza a forte tradição de Jacó. Este foi o patriarca, da qual se originaram as doze tribos de Israel. Sendo assim, esta tradição era algo usual entre judeus e samaritanos, quando se tratando de enfatizar a identidade e a espiritualidade.

            Neste diálogo, a ousada pergunta da mulher samaritana, dirigida a Jesus, permite-nos afirmar que Jacó era tido como um homem grande, até mesmo com traços messiânicos, pois foi ele quem providenciou aos seus descendentes o poço do qual retiravam água para sobrevivência.

Por outro lado, também nos permite afirmar que esta samaritana estava enclausurada pelas expectativas e esperanças do passado, isto é, sua espiritualidade e fé eram fundamentadas e alimentadas na pessoa de Jacó. Por isto a pergunta: “És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?”

            A partir desta ousada pergunta da mulher samaritana, tomamos conhecimento de algumas verdades essenciais para nossa caminhada cristã e, especialmente, para nossa caminhada nesse novo ano. São elas:

·         Jesus é superior a qualquer tradição ou religião, pois é uma realidade presente.

·         Jesus é o único que preenche o vazio existencial da humanidade, pois ele é a única fonte de água viva e quem dele beber jamais voltará a ter sede.  

·         Jesus é a água que ao bebermos será uma fonte a jorrar para a vida eterna.

Que em 2015 abandonemos as fontes extraordinárias que nos alimentam superficialmente e que a nossa fé, a nossa esperança e a nossa adoração, seja ao dono da fonte de água viva e, sobretudo, ao Senhor da criação.