segunda-feira, 22 de julho de 2013

A mediocridade da igreja no Brasil

 

Deixando marca

Através do facebook recebi um pedido de oração em favor de uma criança de três anos de idade e que a dois lutava contra uma leucemia, doença que o debilitava a cada dia.  Juntamente com o pedido estava anexado uma foto, um menino lindo, sorridente  e que  mostrava uma simpatia cativante, mesmo morando em um hospital. De fato, isso me despertou para a valorização  da vida, valorização da família, valorização das coisas mais insignificantes que faz parte da minha existência.  O menino,  em uma guerra incessante e interminável buscava aquilo que eu mais tenho, “VIDA”.  
Portanto, cortava meu coração, pois em mim regalava aquilo que ele buscava, mas ofertar a ele era algo impossível.   Muito pior foi receber a notícia de seu falecimento, isso depois de muita luta, muita dor, muita força para se manter vivo. Naquele momento foi como se algo atravessasse meu coração causando uma dor ainda não experimentada e um sentimento de impotência terrivel.
Com o tempo a dor vem sendo amenizada, já a sensação de impotência permanece pela eternidade. Contudo, a lição aplicada por meio da existência daquela pequena e franzina criança, ainda ecoa como nunca. Não a conhecia, nunca a vi pessoalmente, mas me marcou e com seu olhar me  transformou.
Na bíblia encontra-se o seguinte versículo: Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Nessas palavras de Jesus, está a afirmação de que em nós está o tempero da vida. Explicitamente, também, vemos que somos aquilo que pode dar sabor à humanidade, aquilo que deve trazer paz, alegria e amor ao que se encontra na ausência deles. Jesus ainda nos adverte a lutarmos para que este sabor permaneça intrínseco em nós e que jamais se perca, fazendo com que seus discípulos deixe marcas. 
 Madre Teresa de Calcutá certa vez disse: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”
Aquela criança não foi apenas mais uma que sofria com uma doença cruel e que infelizmente veio a falecer em decorrência dela. Não! Aquela criança frágil deixou marcas em meu coração, marcas que me impulsionaram a tentar ser alguém melhor.
Meu desafio para você leitor e irmão em cristo, é que você passe pela vida das pessoas e não seja apenas mais uma, mas que sobretudo, com suas palavras, com suas atitudes e com seu amor ao próximo, você possa marcar a vida delas. E que através dessas marcas todos possam se sentir motivados e despertados a se tornarem pessoas melhores. Deixe sua marcas.
Marcelo H. Romeu

Entre o ideal e o real

Vivemos em busca de ideais, buscamos a autorrealização do ser e optamos pelos caminhos relativos da felicidade. Entretanto, na busca destes, não sabemos lidar com os conflitos que surgem e que geram angústia e sofrimento.
Convivemos com a síndrome do imediatismo, onde o ideal, a autorrealização, a brevidade e a felicidade, devem completar-se com simultaneidade, ou seja, numa mesma ação o ser humano deseja completar-se com suas futilidades e relatividades. No entanto, há uma dicotomia neste aspecto, pois a concretização do imediatismo surge do agrupamento de vários fatores e esses não estão à disposição de todos. Portanto, as desigualdades emergem sobre o homem  demostrando sua impossibilidade de saciar-se como desejaria.
Nota-se a insatisfação do ser, pois corre persistentemente em busca dos fatores já mencionados, vive coercitivamente diante do sistema, sente-se fragilizado e oprimido pelos outros, autojulgado e culpado, por não realizar-se.  Observar o ser humano em sua busca incessante pelo fútil e  relativo é como assistir a sua corrosão existencial vendo abertas as portas da angústia e do desespero sobre si.  É como comprovar, ainda que desconhecida em seu estado essencial, as penas eternas da alma. É como acompanhar o estado de podridão e decomposição do ser.
Portanto, precisamos de disseminadores de esperança e vida; precisamos de ouvidos e corações sensíveis para com aquele que  chora; que lamenta; que se culpa;  que pede e que geme no mais profundo do seu âmago por libertação.
“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João 8.32)

Seminarista Marcelo H. Romeu