segunda-feira, 23 de março de 2015

QUE MEUS OLHOS VEJAM

“Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem”. (Jó 42.5)

Deus não é um Ser material para que se possa vê-lo fisicamente. Se assim fosse, seriamos consumidos por sua santidade e glória. Lembramo-nos de Moisés, no monte Sinai, quando teve uma leve experiência da presença de Deus e, segundo o texto bíblico, a pele do seu rosto resplandecia (Det. 34.29).

De fato, a presença de Deus é algo “sobrenatural”, isto é, está para além do físico e do material, pois Ele é Espírito (João 4.24). No entanto, surge a pergunta: como Jó pôde afirmar que seus olhos viram a Deus?

Para responder esta pergunta devemos recorrer à trajetória de Jó. Homem íntegro e justo diante de Deus, homem de muitos bens, um chefe de família e um bom pai. Contudo, em determinado período de sua caminhada, experimentou uma devastadora ruína em seu lar e em sua vida. Entretanto, após este período de angústia e dor, o Senhor Deus lhe restituiu a saúde e tudo àquilo que havia perdido.

Desta forma, os olhos de Jó não contemplaram a Deus fisicamente, mas a partir de sua fidelidade, de seu cuidado, de seu sustento e de seu amor. A experiência com Deus e a fé no Todo Poderoso, lhe permitiram ver e experimentar o “sobrenatural”, ou seja, enxergar a intervenção do Divino em sua história, mesmo nos momentos mais difíceis de sua existência. Assim, Jó deixou de conhecê-lo subjetivamente, isto é, “de ouvir falar”, para efetivamente experimenta-lo e vê-lo bem próximo, vê-lo presente.

Sendo assim, que a intervenção de Deus em sua vida abra os teus olhos para que você possa vê-lo.

      Seminarista Marcelo H. Romeu